Você já leu o livro Essencialismo? Este livro traz um conceito muito legal, que é nos transformarmos em pessoas focadas naquilo que é realmente essencial.
E o que é algo essencial? Bom, essa resposta varia de pessoa para pessoa, certo? O que é essencial para mim, pode não ser essencial para você, e vice-versa.
De forma bem resumida, o autor traz a ideia de que algo essencial é algo de nota 9 ou 10, e não menos do que isso.
Não quero me aprofundar no livro, pois este não é o objetivo deste texto. O objetivo aqui é te mostrar a importância que tem em identificar seu melhor público.
Seu negócio digital existe servir e gerar valor para um determinado público. A sua ideia de negócio, a sua proposta de valor, não serve para todo mundo.
Seu público não existe para você… você que existe para o seu público.
Ou seja, o seu negócio existe para servir e gerar valor para um determinado grupo de pessoas, em troca de faturamento e lucro.
Entenda a importância de definir quem é o seu melhor público: é entender que por mais incrível que seja sua proposta de valor (leia este texto para saber o que é proposta de valor), ela não serve para todo mundo.
Aqui podemos pegar a palavra serve, e pensar nela no ato de serviço, de gerar valor para os outros, e também, pensar no sentido de “caber”.
A sua proposta de valor é como um sapato, serve perfeitamente para alguns, para outros menos e para outros sequer serve. E está tudo bem!
O importante neste ponto é conseguir definir quem são essas pessoas que o seu negócio serve, pois quando você consegue definir, consegue encontrá-las.
Se você não consegue identificar quem são, não vai conseguir encontrar
Isso é meio óbvio, porém o óbvio precisa ser dito. Se você não consegue identificar e definir quem é o seu melhor público, não vai conseguir encontrar ele.
Para conseguir encontrar algo, é preciso saber o que está procurando. Isso é fato! Já imaginou procurar por um pessoa dentro de um estádio lotado de futebol, mas não saber nem o nome e nem como é a aparência dela?
Pois é… difícil não é mesmo? Agora uma notícia alarmante: muitos empreendedores digitais não sabem ou não conseguem definir quem é o seu melhor público.
Por conta disso, muitos negócios digitais não prosperam e tem um prazo curto de existência. Identificar quem é o seu melhor público é essencial para a sobrevivência e para o crescimento exponencial do seu negócio digital.
Então, quem é o seu melhor público?
Seja essencialista! O seu negócio não serve todo mundo
Trazendo a ideia inicial do texto, para identificar quem é o seu melhor público, seja essencialista! Ou seja, foque naquele público nota 9 ou 10. No público que você consegue levar sua máxima contribuição.
Perceba que máxima contribuição está em evidência. O motivo? Vamos explorar ele.
Em uma das sessões de mentoria com o Leandro Biazão, estávamos definindo justamente isso, quem era o melhor público dele.
O Leandro é especialista em finanças e construção de patrimônio e juntos identificamos que o público alvo dele passa por diversos momentos diferentes na sua vida. Porém, independente disso, o ponto em comum entre eles são os medos e os desejos.
Dentre aquele grupo de pessoas, que chamamos de público alvo, existem pessoas que estão altamente endividadas, existem pessoas que já construíram um patrimônio considerável e existem vários perfis diferentes entre esses dois pontos.
São pessoas diferentes que fazem parte do espectro do público alvo dele. Agora, a pergunta que para ele vale, literalmente, um milhão de reais:
Entre esses diferentes perfis, qual você consegue levar sua máxima contribuição?
Ou seja, qual dessas pessoas você consegue gerar mais valor com aquilo que tem disponível no momento?
O que aconteceu em seguida foi que ele conseguiu identificar e definir dois grupos diferentes, dentro daquele espectro enorme de público. À partir disso, seus esforços se tornam bem mais focados naquele público que ele pode gerar a máxima contribuição.
A problemática que existe e confundem muitos empreendedores digitais é a seguinte: acreditamos que nosso negócio pode ajudar qualquer tipo de pessoa, independente do momento de vida que estão.
Entretanto, a realidade nos mostra algo diferente, que não podemos ajudar todo mundo. É preciso entender quem são as pessoas que o negócio consegue gerar valor.
Imagine uma loja de calçados feminino tentando vender para um público masculino. Ela não vai conseguir gerar valor algum para o público masculino, porque ele simplesmente não é seu público.
Depois de identificar quem são essas pessoas, é preciso definir qual o momento que elas passando, onde seu negócio consegue gerar a máxima contribuição.
Continuando com o exemplo da loja de calçados feminino, existem diversos modelos diferentes de calçados: chinelo, sapatos, sandálias, botas, salto, etc. Se uma mulher está no momento de comprar uma bota, não adianta oferecer um chinelo.
Ok, talvez este não seja o melhor exemplo do mundo…
O ponto é, mesmo que você saiba que pode ajudar seu público alvo em todos os momentos possíveis, escolha aquele que você consegue dar sua máxima contribuição. Aquele momento nota 9 ou 10.
Como fazer isso na prática?
Primeiro, é preciso identificar quem é o seu público-alvo. Eu recomendo que utilize uma ferramenta como o Mapa de Empatia.
Definido quem é o seu público alvo, agora é preciso entender que momento da jornada de transformação ele está.
Nessa jornada existem dois pontos diferentes, nos dois extremos dela. A realização do sonho e a realização do medo. Vou ser o mais claro possível. Continuando com o exemplo do Leandro, vamos supor que nessa jornada, existem os seguintes pontos:
1 — Pessoa altamente endividada (100x sua renda mensal)
2 — Pessoa com dividas pagáveis dentro de 1 ano
3 — Pessoa sem dívida, com patrimônio líquido de 0
4 — Pessoa com com patrimônio líquido de R$10mil
5 — Pessoa com com patrimônio líquido de R$100mil
6 — Pessoa com com patrimônio líquido de R$1 milhão
7 — Pessoa independente financeira, com renda passiva que cobre seu custo de vida
Percebe que são 7 pontos diferentes da mesma jornada? A pessoa que está no ponto 1, tem o sonho de um dia chegar no 7, e a pessoa que está no 7 tem o medo de um dia chegar no 1.
Você precisa fazer o mesmo com seu público. Identificar qual ou quais são os fatores determinantes dele, normalmente envolve o medo e sonho, e à partir deles, traçar os diferentes pontos da jornada.
Com isso em mãos, defina uma nota de 0 a 10 para cada um desses pontos. Onde 0 seu negócio não consegue contribuir de forma alguma e 10 ele consegue entregar a contribuição máxima.
Vamos supor que as notas definidas foram essas:
1 — Pessoa altamente endividada (100x sua renda mensal) — 5
2 — Pessoa com dividas pagáveis dentro de 1 ano — 7
3 — Pessoa sem dívida, com patrimônio líquido de 0–9
4 — Pessoa com com patrimônio líquido de R$10mil — 9
5 — Pessoa com com patrimônio líquido de R$100mil — 10
6 — Pessoa com com patrimônio líquido de R$1 milhão — 8
7 — Pessoa independente financeira, com renda passiva que cobre seu custo de vida — 6
Dentre as notas definidas, as mais perigosas são as 7 e 8, pois são as notas que acreditamos que é possível trabalhar, que é possível gerar valor para quem está nesses pontos, porém existe algo que é um impeditivo.
Seja a sua vontade de trabalhar com pessoas nesses pontos (e está tudo bem!), ou seja algum outro motivo, existe algum ponto escondido que logo aparece e por isso é melhor evitar.
Foque então, no pontos de jornada notas 9 e 10. Dê preferencia para o ponto nota 10, pois este sim é onde consegue levar sua máxima contribuição.
Isso quer dizer que não consegue ajudar as pessoas nos outros pontos? Não! Porém o custo de energia, tempo e dinheiro será muito maior da sua parte.
Por isso, aprenda a identificar, definir e focar no seu melhor público!
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Um abraço,
Emannuel Zamparoni